LOGANIACEAE

Strychnos gardneri A.DC.

LC

EOO:

1.604.251,579 Km2

AOO:

156,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie ocorre nos Estados do Pará, Maranhão, Ceará, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro (Zappi et al., 2012).Ocorre em variações de 950 a 1.000 m de altitude (Krukoff; Barneby, 1971).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Julia Caram Sfair
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

Apesar de ocorrer em regiões com intensa pressão antrópica, a espécie é amplamente distribuída, sendo encontrada em Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga. Dessa maneira a espécie é considerada como "Menos preocupante" (LC) em relação ao risco de extinção. Entretanto, por ser uma espécie medicinal, novos estudos devem ser feitos para se avaliar o impacto da sobre-exploração em suas subpopulações.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita originalmente em Prodromus Systematis Naturalis Regni Vegetabilis 9: 14. 1845.A espécie caracteriza-se por possuir folhas com retículo evidente em ambas as superfícies e glabras, com tufos de tricoma na base, entre as axilas das nervuras internas (Zappi, 1989), apresenta semelhança morfológica a Strychnos trinervis (Vell.) Mart. diferindo pelas características citadas anteriormente e pela inflorescência axilar e frutos menores (Manoel; Guimarães, 2009).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes:

Ecologia:

Biomas: Caatinga, Mata Atlântica, Cerrado
Fitofisionomia: Ocorre em Restinga e Floresta Ombrófila Densa Montana e Submontana (Manoel; Guimarães, 2009). No Estado de São Paulo foi encontrada em áreas de Capoeira, mata ou Carrasco (Zappi, 2005). Na Serra do Cipó, Minas Gerais ocorre em Mata de Galeria e Cerrado (Zappi, 1989)
Habitats: 2.1 Dry Savanna, 3.5 Subtropical/Tropical Dry
Detalhes: A espécie ocorre como arbusto escandente, subarbusto ou liana atingindo até 7 m de altura, hermafrodita, floração em janeiro, março e setembro e frutificação em março, maio e agosto, ocorre e áreas de restinga ou Floresta Ombrófila Densa Montana ou Submontana (Mello Filho, 1954; Manoel; Guimarães, 2009).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A qualidade do habitat no município de Itararé, área de ocorrência da espécie, tem sido degradada há décadas e nos últimos 20 anos ocorreu uma significativa mudança no uso da terra na porção sul do município, tendo a pecuária extensiva sido substituída pelo florestamento com Eucalipto, tendo apenas 18 % da área de campo ainda preservada (Scaramuzza, 2006).

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
"Criticamente em perigo" (CR), segundo a Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).

Ações de conservação (2):

Uso Proveniência Recurso
Bioativo
Substâncias retiradas da espécie são utilizadas na fabricação de curare, veneno de origem vegetal, usado por algumas tribos indígenas para caça e para defesa (Silva et al., 2005).
Uso Proveniência Recurso
Bioativo
A espécie possui substâncias que a fazem ser considerada antifebrífuga (Peckolt, 1916 apud Manoel; Guimarães, 2009).